Laboratórios permitem aprendizado diferenciado com experiências interativas
O piso de grama sintética, as janelas cobertas por cortinas blecaute e as paredes pintadas de preto revelam que a sala de aula não é comum. A tela no fundo, de dois metros de altura por seis metros de largura, concentra a atenção dos alunos, que se revezam no jogo da memória, com movimentos por touch screen.
Eles estão no laboratório de experiências interativas que começou a ser usado há pouco mais de um mês e é um projeto-piloto da escola do Sesc de Jaraguá do Sul e Joinville.

Com a ajuda das colegas, Thayná Manske (de vermelho) aprende sobre bactérias Foto: Maykon Lammerhirt / Agencia RBS
Cerca de 400 alunos dos ensinos fundamental e médio da unidade de Jaraguá do Sul podem usar o espaço, quando os professores agendam horário.
— O espaço não tem um décimo dos equipamentos previstos, mas já estamos usando para não deixar ocioso. Aos poucos, vamos aprendendo a explorar as possibilidades — diz a coordenadora da escola, Gelcy Mertz Arce.
Na semana passada, os alunos do 6º ano assistiram na tela do laboratório aos vídeos produzidos por eles mesmos para a aula de história. Erhardt Silva, de 11 anos, foi um dos narradores para o trabalho sobre a Grécia.
— Buscamos imagens na internet, colocamos música de fundo e a narração foi com o celular. Depois viemos assistir às três videoaulas, no laboratório, que é muito melhor do que se fosse na sala de aula.
No jogo que possibilita um passeio pela Lua, Maria Eduarda Menel Weise, de 11 anos, aprende sobre a gravidade e que é preciso controlar o combustível da nave para completar a missão. A colega Júlia Gonçalves também se diverte, mas entende o lado sério.
— Aqui é mais divertido e tem mais tecnologia. A aula fica melhor e aprendemos mais.
Júlia e Maria Eduarda chamam a colega Thayná Manske e a ajudam no jogo da memória das bactérias. A cada acerto, as características, o reino e os ambientes de proliferação aparecem na tela.
Um esqueleto recepciona os alunos na porta do multilaboratório, utilizado para aulas de ciências, matemática e física. A maior atração deste laboratório é o boneco de plástico para exploração do corpo humano.
A escola também comprou peças para a montagem de robôs por estudantes a partir do 3º ano. Quatro turmas frequentam as aulas de robótica sobre teoria e desenvolvimento de softwares e depois partem para construir estruturas complexas autônomas.
Fonte: A Notícia